Com o início da pandemia da Covid-19, o isolamento social se tornou a regra para quem podia. Enquanto os chamados trabalhadores essenciais, aqueles cujos trabalhos dependem da presença física, continuaram na rua, os outros migraram para o home office. Professores a políticos, todos sentiram os efeitos do “novo normal”, mas o mercado de TI foi um dos mais afetados.
O motivo disso não está na forma como o trabalho do setor tecnologia é feito, mas na demanda que cresceu com a migração de todas as outras áreas. Para que publicitários e arquitetos, advogados e pesquisadores pudessem trabalhar em suas casas, eles precisaram acessar programas e documentos hospedados nos sistemas de suas empresas, conexões seguras e confiáveis e muito mais. Para isso, profissionais de TI precisaram garantir a continuidade do trabalho das mais diversas áreas.
Uma pesquisa do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Sindpd) apontou que, enquanto a maior parte dos setores da economia viram uma retração no início da pandemia, a área de tecnologia da informação e comunicação continuava contratando — e ainda sofria com a falta de profissionais qualificados.
Das 150 empresas consultadas, todas em São Paulo, 14,5% pretendiam contratar e ampliar suas plantas e 56,4% não tinham planos para demitir. A porcentagem das que pretendia demitir por causa da pandemia era 5,4% quando a pesquisa foi feita.
Dados de 2018 mostram que São Paulo concentra 42% dos profissionais de TI do Brasil. No país todo, o mercado de TI representa em torno de 7% do Produto Interno Bruto e emprega mais de um milhão de profissionais.
A seguir, vamos analisar como a pandemia tem afetado o setor de tecnologia da informação e quais são as tendências que a migração massiva para o trabalho remoto ainda irão trazer no futuro.
Home office, computação em nuvem e muito mais
Segundo uma pesquisa feita em junho pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), 40,5% dos brasileiros adotaram o home office no primeiro semestre do ano. Para trabalhar de casa, conectividade e acesso a ferramentas de colaboração são essenciais. Por isso, uma das grandes apostas das empresas foi a computação em nuvem.
A migração para a cloud acelerou com mais rapidez em 2020 do que nos últimos dois anos, de acordo com Teresa Carlson, vice-presidente da Amazon Web Services (AWS) para o setor público global. Ademais, todo esse investimento em mudanças não vai servir só para o mundo durante a Covid-19.
Um estudo da Xerox Corporation com 600 líderes no mercado de TI em seis países apontou que o trabalho remoto veio para ficar e que regimes flexíveis com expedientes presenciais e remotos são uma opção para a maioria (58%).
Além disso, a tendência é que investimentos em tecnologia cresçam ainda mais, com foco em acelerar a transformação digital. A queridinha? A nuvem, que é prioridade para 65% das empresas que participaram da pesquisa.
O boom do e-commerce
Enquanto internamente as empresas investiram na nuvem, externamente o foco de muitas foi continuar as vendas mesmo com as portas fechadas para o atendimento presencial. Assim, a experiência de consumo migrou para o âmbito online.
A 42ª edição do Webshoppers, pesquisa sobre e-commerce feita Ebit|Nielsen e a Elo, mostrou um o crescimento do e-commerce em 2020, comparado ao primeiro semestre do ano passado. Alguns dados do estudo:
- O e-commerce cresceu 47% no primeiro semestre, a maior alta em 20 anos;
- o número de pedidos subiu 39%, chegando a 90,8 milhões;
- o valor médio das compras também aumentou 6%, de R$ 404 em 2019 para R$ 427 em 2020.
Além de números, a pesquisa também mostra de que forma os brasileiros fizeram estas compras. Os varejistas de marketplaces são responsáveis por 78% do faturamento do e-commerce e as os negócios exclusivamente online apresentaram uma alta de 26% nas vendas.
Não é difícil entender como essa mudança afeta o mercado de TI. Os varejistas dependem de sistemas que funcionem para os clientes, garantindo transações seguras e estáveis, e ofereçam uma experiência positiva, que possa gerar vendas futuras. Isso tudo depende de uma equipe especializada, com conhecimento de tendências do e-commerce e foco na experiência do usuário.
Depois da crise: mais inovação é a tendência
Se a pandemia da Covid-19 acelerou a transformação digital em diversos setores, a tendência do futuro pós-coronavírus não parece ser uma volta ao normal. Pelo contrário: uma pesquisa da IDG feita em abril com 414 especialistas em TI e negócios descobriu que 61% já estavam acelerando seus esforços nesse sentido.
Carlos Kazuo Tomomitsu, CEO e mentor da KeepTrue, listou cinco tendências para o mercado de TI em um texto para o InforChannel. Mais tecnologia e digitalização dominam as opções, que resumimos a seguir:
- Ferramentas mais analíticas que possuem informações estratégicas e facilitam o autoatendimento nas empresas.
- Ampliação da infraestrutura digital de todas as empresas para que as interações sejam mais rápidas e eficientes. Para o especialista, a potencialização do 5G e da fibra ótica serão essenciais para que esse crescimento aconteça.
- Metodologias ágeis! Com elas, as empresas poderão implementar processos em tempo real e à distância, testando e disponibilizando soluções de acordo com as demandas da empresa.
- Crescimento da assinatura digital, que irá não só documentos e processos físicos como também vai ampliar o uso da gestão eletrônica de documentos com Inteligência Artificial.
- Retorno dos terminais sem poder de processamento para aumentar uma segurança de acesso à informação para o trabalho remoto que, como já apontamos neste texto, continuará crescendo.
Com todas essas mudanças, a procura por profissionais de TI qualificados deve crescer ainda mais no Brasil e no mundo.
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